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Memória e reconhecimento nas atividades do Narrativas de Paz

O projeto Narrativas de Paz fechou o primeiro semestre do ano com dois passeios culturais com as equipes das creches Mundo Infantil, em Botafogo, e Cantinho Feliz, em Santa Teresa. Os programas ofereceram muito além de um mergulho na história. Com arte a céu aberto na área conhecida como Pequena África e no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com a exposição sobre a vida e a obra de Heitor dos Prazeres, educadoras, auxiliares e gestoras puderam encontrar com suas próprias memórias.

O grupo em Santa Teresa visitou os bairros da da Saúde, Gamboa e Santo Cristo. Já o de Botafogo escolheu conhecer o artista multifacetado que foi Heitor dos Prazeres. Na região portuária, a turma identificou marcas da cultura afrobrasileira, refletindo sobre pertencimento e acesso à cidade. No CCBB, a visita guiada permitiu que as visitantes se reconhecessem nas telas e na música do artista.

“Se sentiram muito próximas da exposição…das pinturas, composições e imagens do Heitor dos Prazeres. Elas não o conheciam e lá puderem ver o rosto do Heitor e se reconhecer no que ele pintava. Se identificaram com a retratação da favela: o corpo feminino nas vielas, as brincadeiras. Ficaram também muito atraídas pelas cores. Isso porque o artista retrata o colorido da comunidade, nas roupas das pessoas, nas casas. Isso despertou ainda uma conversa sobre racismo. Uma delas revelou que passou muito tempo na infância sem usar roupas coloridas por ser negra. E ela se sentiu à vontade para falar isso comigo porque eu sou negra também. Foi uma conversa que teve muita próximidade porque são mulheres do Santa Marta, negras, envolvidas com a missão do cuidado e atenção, atuando diretamente na educação com a Primeira Infância. Me sinto honrada por terem me conferido essa confiança recebendo e acolhendo todas essas falas que também é uma forma de denúncia”, afirmou Fabrícia do Nascimento, facilitadora do Narrativas.

Realizado pelo CECIP, o projeto Narrativas de Paz teve início em 2019, tendo como princípio e método o exercício da cultura de paz em atividades com famílias, profissionais da saúde e da educação do bairro. A ideia é promover um fortalecimento comunitário que tenha a Primeira Infância como prioridade.

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